segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Boa idéia - má execução




Odeio críticos. Não suporto as pessoas que sentem-se donas da verdade e adoram falar mal do trabalho alheio. Porém, uma coisa me chateia no cinema: quando eu vejo algo que poderia ser legal, mas pela correria, falta de grana, de vontade ou de competência mesmo, o filme é feito nas coxas.
Coração de Tinta seguiu esse caminho. A idéia era até interessante. Tinha um quê de História Sem Fim (não sei o que foi escrito antes, mas sei o que foi assistido antes), tudo bem, mas a temática de personagens sendo trazidos para fora da história durante a leitura de trechos de livros foi bem-feita. O que matou foi a rapidez dos fatos. Um bandido-mocinho-covarde-que-vira-herói-ao-chamado-da-menina-inocente, uma tia covarde e cuzona que num rompante resolve seguir a justiça, personagens que acreditam em histórias absurdas do nada. O filme tinha futuro. Um choque do personagem ao encontrar o autor e saber seu destino, um evento similar ao encontro do homem com Deus, uma surpresa ao encontrar personagens famosos como os macacos alados de Magico de Oz, ou o crocodilo Tic Tac, de Peter Pan, mas, isso passa batido. Cenas rápidas e atropeladas fizeram com que uma história que, com certeza, renderia uma trilogia caprichada, virasse - talvez - um clássico de Cinema em Casa.

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