terça-feira, 29 de abril de 2008

Jornalismo Infantil

Como se escreve para as crianças? O que pensam os jornalistas que escrevem para os pequenos? O jornalismo infantil é realizado de maneira correta? Qual é a melhor maneira de se escrever pra crianças? Pedagogas e psicólogas devem ajudar? O que deve receber mais valor, a forma ou o conteúdo?A linguagem web deve ser aceita? É ético falar para a criança pedir ao pai para comprar alguma coisa?

Para tentar responder essas e outras perguntas, esse Zé, que aqui vos fala vai começar a fazer uma série de postagens sobre o jornalismo infantil, onde é encontrado, onde é bem aplicado, quais os bons exemplos da mídia e que caminhos devemos seguir.

Não pretendo avaliar nada nem ninguém, mas sim conhecer melhor esse nicho de jornalismo que ganha mais destaque na mídia a cada dia.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Ter fé

Eu desisti. Tentei de todas as maneiras transformar esse blog em algo engraçado, e interessante para as pessoas, mas, infelizmente ele virou um amontoado de pensamentos desconexos, de filosofias baratas e fé sentimentos de uma pessoa perdida.

Perguntaram a mim, esses dias, sobre ter fé. No que eu acredito, no que confio, como confio. Fazia tempo que não pensava nisso. Comecei católico, virei espírita e, quando entrei na faculdade, me distanciei das igrejas, centros e todos os templos.

Depois de algum tempo percebi que ter fé não significa, necessariamente, depender de uma religião, de uma idéia, de um Deus, mas sim de uma necessidade de acreditar em algo superior. Assim, com essa linha de raciocínio, descobri que tenho fé em algo sim, na amizade, seja ela de perto, de longe, forte ou fraca.

Qual o sentido de se apegar a um deus longínquo, se os princípios básicos de cada religião pode ser aplicado a nossos amigos. Ser amigo é aceitar as diferenças, ajudar sem querer nada em troca, gostar sem ter motivo, tratar como irmão um próximo que não é de sua família, é um querer bem, é uma preocupação, enfim, exercitar a amizade é a melhor maneira que conheço de demonstrar minha religiosidade e minha fé. Uma fé forte, que acredita que o carinho dos outros é a solução para qualquer tipo de problema.

domingo, 27 de abril de 2008

Mais um pouco de blá blá blá

Mudanças de objetivos requerem uma escolha, e eu entro, agora, em uma grande dúvida sobre servir e ser servido. Até onde a profissão de jornalista é uma profissão servidora? Até onde podemos avaliar nossos objetivos e sermos fiéis ao nosso público. O mundo precisa de servos, porém caminha na contra mão dessa necessidade e cria, a cada dia, mais e mais patrões. Saímos da maternidade desejando ser crianças pró-ativas. Os pais começam a se preocupar se seus filhos não assumem cargos de liderança logo que entram na creche. Entramos no ensino médio sem receio de sermos Nerds, pois a categoria de estudiosos ganhou respeito no mercado. O medo agora é ser pobre, é não ser líder, é não ter as qualidades exigidas pelo mercado de trabalho cada vez mais cruel e exigente, mesmo que não use isso para nada. Em resumo, como adequar uma alma humana que busca conforto e felicidade em um ambiente voraz e destruidor das corporações que quer cada vez mais robôs de carne e osso.

Perguntas

O que a educação nacional pode oferecer aos estudantes? E à sociedade? Qual a diferença e a validade que tem um curso de educação a distância. Um ensino realizado sem a presença de um professor pode satisfazer os alunos. Que perfis psicológicos se adaptariam mais a essa realidade e quais perfis sentiriam falta. Pessoas extremamente visuais ou auditivas conseguiriam absorver as informações com muito mais praticidade, porém as sinestésicas passariam por grande penar. Comprar a funcionalidade dos participantes de outros cursos e do perfil psicológico dos professores ou estudantes de letras. Porque os professores do ensino fundamental e médio parecem ter um interesse menor por seus alunos do que a grande maioria dos professores universitários. Porque eles dão tanto trabalhos nos cursos e aos governos.

Um presente a uma pessoa especial!

Você é capaz de imaginar a diferença que um ser humano pode fazer na vida de outro? E na história? Será que um único ser é capaz de sozinho, como um coadjuvante, mudar o curso de um destino?

Eu acho que sim! Imagine como a história poderia ter sido diferente se Hitler tivesse ao seu lado um amor que o fizesse esquecer da política. Se um professor de piano houvesse espancado Beethoven, lhe acusando de péssimo músico após ouvir seus primeiros acordes.

Pois é, muitas vezes uma pessoa adquire um significado qualquer na vida da humanidade e acaba nem se dando conta disso. É uma missão, um karma, o destino, sorte, maktub chamem do que quiser. Não dá para nomear, é um fato, essa pessoa tem que existir e estar lá, fazer a diferença, mudar vidas, mudar destinos, criar oportunidades, ser uma oportunidade.

Acho que é assim que a enxergo: um anjo, entidade, personalidade divina, mão do destino, milagre, santa, gente, pessoa especial, uma magia, um não sei o que brilhante capaz de alterar destinos e mudar a vida das pessoas em geral. Não apenas por mim, mas pelas mágicas que consigo ver acontecer ao seu redor, pelo poder de transformação que proporciona e pela felicidade que é capaz de trazer com apenas um sorriso, ou uma piada.

Que a entidade superior que lhe criou, que os acasos que juntaram a carga genética responsável pela sua formação e que a sorte que protege os seres humanos se juntem e não permitam que você mude, titubeie ou sofra com o tempo. Afinal, pessoas assim, com esses poderes, não foram criadas para estar entre os humanos, mas sim para serem exaltados como deuses.

terça-feira, 22 de abril de 2008

O que te motiva

O que te motiva a levantar todos os dias?Qual a felicidade que seu trabalho é capaz de trazer para você? Você é realmente feliz no que faz? Você sente prazer quando realiza as suas atividades diárias? Em algum instante o seu pensamento já voou longe o bastante para pensar como seria seu sentimento caso morresse logo após sair do serviço? Será que na sua cabeça passaria qual frase: Nossa, que grande monte de bosta! Eu desperdicei meu dia aqui hoje, trabalhando como um camelo para juntar alguma grana. Agora estou morto... É de foder uma situação dessas! Como assim será que existe uma justiça divina?

Ou você é um dos sortudos que conseguiria pensar assim: Bom, estou morrendo, mas pelo menos parto feliz... deu tempo de terminar tudo que eu estava fazendo e estava muito contente trabalhando.

Quantas pessoas podem se dar o luxo de dizer que fazem o que gostam?Qual é o objetivo de cada um? O que te aproxima ou afasta de seus objetivos.?Muitas vezes não reparamos que tomamos decisões que podem parecer as mais acertadas para o momento, mas que, porém, nos levam para cada vez mais longe de nossos sonhos. Quantos de nós não sonhávamos em ser escritores e nos tornamos policiais. Gostaríamos de ser jornalistas e somos açougueiros e assim por diante. Por quê? Em que momento nosso caminho nos levou para longe do nosso sentimento? A resposta está mais perto e mais clara do que imaginamos: mudamos de caminho no exato momento em que nosso objetivo passa a ser mais o dinheiro do que a nossa felicidade... mudamos de caminho a partir do momento em que acreditamos que o dinheiro pode comprar a felicidade e que com ele poderemos alcançar os nossos sonhos. É um erro dos mais medíocres, afinal, apenas realizando os nossos sonhos que seremos capazes de fazer dinheiro.

sábado, 5 de abril de 2008

Cenas de uma mudança

Mais uma vez vou mudar de casa e, novamente, passo por uma daquelas situações que parecem só acontecer comigo. Já era mais de 9 horas e juntamos três amigos para conhecer a casa. Chegamos lá e a luz estava cortada. A solução foi usar a lanterna do celular. Assim, na penumbra, fomos vasculhando quarto a quarto. A casa parecia interessante, grande, espaçosa, não tão velha. Porém, ao chegar na suíte, que já possuia armários, resolvemos abrir uma das portas para ver como era por dentro. Puta que o pariu, qual não foi a surpresa de achar um crânio dentro do armário, um desses de cerâmica, usado por dentistas. Que tipo de pessoa se muda e larga um crânio na casa... é um absurdo... Olha, só não caguei porque não tinha bosta pronta. Fica de lição... quando for mudar tire todo tipo de restos humanos, ossadas e pedaços de carne que possam existir por lá!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Tutti Famiglia

Quem convive comigo há tempos sabe que apego familiar nunca foi meu forte, ou que minhas lembranças da infância sempre foram relativas às brigas, aos comportamentos fora do comum da minha família e da minha pessoa. Porém, hoje coisas, pessoas conversas e uma caminhada de 17 minutos me fizeram ver como tentei deixar marcado uma imagem ignorando dezenas de outras.

É impressionante como tentei ver minha vida pelo lado irônico dos problemas ao invés de lembrar das coisas boas, que não foram poucas. Como esquecer dos biscoitos amanteigados da minha mãe, da carne de panela ou das sopas deliciosas, e isso apenas para começar.

Como deixar de falar das vezes que a ouvi falando dos seus alunos, das aulas que preparava e da constante busca por aperfeiçoamento. Como não lembrar que mesmo a mais severa das broncas tinha por trás a intenção de forjar um homem, não um maricas. Como não pensar que 90% da minha personalidade e do meu amor pela vida e pelo desconhecido veio dessa mulher de riso fácil e gênio forte.

E meu pai, como pude ver tantos defeitos por tanto tempo. É uma pessoa que deveria ser digna de orgulho. Como não lembrar dos aviões de madeira que me fazia, ou das vezes que brincava comigo. Das piadas constantes, do bom humor excessivo, da vontade de trabalhar e da competência de fazer as coisas. Alguém que depois de um baque correu atrás de algo em que acreditava, e depois, já velho, com o fim de tudo, conseguiu recomeçar, do nada, com algo totalmente diferente e ainda assim caminhar.

Meus irmãos, todos eles, que sempre julguei como cretinos. Crianças portadoras do gene da briga são pessoas excelentes. Um é o exemplo da bondade, a outra é a coragem em pessoa, e a mais nova é um diamante bruto, potencial de sobra num pequeno espaço.

E sobram outras coisas, os omeletes deliciosos da vovó, os períodos de trabalho na oficina com meu avô, os brinquedos de madeira, o despreendimento das minhas tias em abdicar da qualidade de vida delas para ajudar meu pai, tudo... são pessoas boas, exímias e me orgulho cada vez mais de ser parte integrante desse mundo, e ter um pouco de cada um deles dentro de mim.

Vez ou outra eu vou colocar mais momentos bons aqui, bons de verdade... não as histórias de loucura, mas as de vida, os bons momentos, as lições.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Contos modernos - a plebéia que virou nobre

Contos modernos – a plebeia que virou rainha

Era uma vez uma plebéia maravilhosa. Sua beleza era tamanha que o sol se atrasava no seu percurso rumo ao centro do céu, apenas para ficar alguns instantes vendo a moça se levantar.

Além de possuir um rosto branco e lindo como a lua, os cabelos vermelhos caídos no ombro deixavam a camponesa com uma aura mágica, mística. Seu corpo ainda era mias belo que seu rosto. Coxas firmes, seios fartos, chamava a atenção por onde passava.

Porém, essa camponesa era ambiciosa, sonhava se tornar uma nobre, objetivo que seus pais diziam ser impossível de alcançar, visto que ela descendia do povo e jamais sairia desse meio.

Mas um dia sua sorte pareceu mudar, mudou-se para a cidade um famoso bardo, conhecido pelas músicas que tocava em todos os reinos. Esse bardo era especialista em músicas de humor e luxuria, e com elas tinha conquistado a admiração de reis e rainha.

Quando chegou em sua mansão resolveu contratar uma governanta. Quem foi parar em sua casa? Sim, a bela camponesa. Com seu olhar mágico e seu corpo eletrizante, em pouco tempo a moça mexeu com a cabeça do nobre bardo.

Sem conseguir resistir aos feitiços da moça, uma bela tarde resolveu declarar seu amor, dizendo que só permitiria que ela ficasse na casa se fosse como sua esposa. Ofendida a moça gritou, saiu aos prantos da mansão, contratou um advogado de renome, processou o bardo por assédio, ganhou uma grana violenta e foi chamada para depor em diversos programas da TV medieval. Algum tempo depois ganhou seu próprio programa e hoje vive rica e feliz entre os nobres da mídia.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Contos modernos de fadas: o príncipe feio

Conto de fadas moderno 1

Era uma vez um príncipe de um reino secreto do nordeste do Brasil. Ele era muito, muito feio! E nenhuma princesa do reino queria casar com ele. O tempo passava, e o príncipe feio crescia.

Com o voar dos anos, contudo, sua aparência só piorava. Vinham as espinhas, a adolescência trouxe a desproporção dos membros e uma voz ainda pior do que sua taquara rachada anterior.

O medo de encontrar o público fez com que ficasse em casa. Entregava-se a leituras, idéias estranhas e escritas, que nunca mostrava a ninguém! Por mais que seus pais tentassem nada tirava o jovem de casa. As mais belas pretendentes eram levadas a ele, mas nada...

Porém, um dia ocorreu um baile no reino vizinho e o príncipe foi convidado. Chegando na festa, uma surpresa... Uma das mais desagradáveis. As pessoas se assustaram com ele, e ele ficou isolado.

Isolou-se tanto, e suas idéias ficaram tão piradas que resolveu reunir todas elas em um livro. Ficou rico, ganhou dinheiro e hoje mora com três ruivas deliciosas numa mansão na Europa. E viveu milionário para sempre.