sábado, 13 de dezembro de 2008

Educação a distância - sério

A educação a distância indica ser uma realidade que não pode mais ser deixada de lado. Os números do último anuário do Mec mostram um crescimento de mais de 500% nos vários setores já autorizados. É fato que um crescimento dessa magnitude é facilmente explicado se pensarmos na facilidade de expansão do método e do reduzido número de instituições que existiam até o momento.
Contudo, não podemos deixar de lado uma avaliação crítica de tudo que existe e do uso que é feito das possibilidades existentes. Apesar de ser um entusiasta das novas tecnologias ainda não consegui acessar e usufruir de tudo. O twitter foi uma novidade. O flicker é a próxima vítima. Ainda não conheço todas as opções que o google me fornece, mas espero descobri-las em breve!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Memória

Deixei um ovo cozinhando e dormi. Só isso já seria o bastante para me achar um idiota por muito tempo. Porém, a seqüência de fatos abaixo mostra que era só o começo.

14h30 - Oi amor, você não imagina o que aconteceu. To ligando só para contar. Acabei de queimar ovo cozido. É mole?

18h30 - Amor, você está indo pra aula? Ah, deixa eu contar, acredita que eu consegui queimar ovo cozido hoje? O que, eu já falei isso? Nossa... jurava que não.

00h12 - Hummm te amo, boa noite. (desliga) ... (liga de novo) Oi, antes de dormir, preciso te contar. Hoje de tarde, a hora que eu cheguei do serviço. Fui almoçar um ovo cozido... e consegui esquecer ele no fogo e queimar. Tem noção? O quê? Contei já? Duas vezes? Caralho! Bom, boa noite... (dito bem baixinho, envergonhado)

Se com 25 anos estou assim, imagina com 50.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Decisões erradas

Faltando apenas alguns minutos para a hora de sair do trabalho resolvo olhar a janela. Putaqueopariu foi a coisa mais sutil que consegui dizer. O mundo parecia estar acabando em água. Porém, na hora da partida o aguaceiro havia estiado. Comecei o caminho para casa, mas no meio docaminho resolvi parar em uma banca, só para saber as novidades. Adivinha o que aconteceu. Pedrão, o cuzão celestial que controla as águas, resolveu dar o ar da graça. Acho que ele percebeu que tem gente saindo do trabalho um pouco depois do meio-dia.
Resumindo cheguei em casa molhado, sem almoço e, para piorar minha situação, consegui queimar um ovo cozido. Proeza para poucos... depois preciso contar isso para a mocinha do O lado da manteiga.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Publicidade

Preciso desenvolver o tema da campanha de um leitão reprodutor que será lançado no ano que vem. As características principais do bicho são a virilidade e o retorno econômico.

Pensei em algo como XXX, porque macho que é macho precisa colocar dinheiro em casa.

Preconceituoso eu sei... e sei que é ruim também, mas achei que se escrevesse isso teria novas idéias.

Estava errado.

Chuveiro no verão

Preciso urgentemente trocar meu chuveiro. Ele está com apenas duas temperaturas cubos e caldos. Ou deixo ele ligado e faço a minha pele descolar do corpo ou deixo desligado e curto a sensação deliciosa de nevasca ao amanhecer.

sábado, 15 de novembro de 2008

histórias de viagem

Pois é, voltando de viagem, chuva na estrada, pouca experiência no volante e muita, muita tensão. Mas, como Deus é um cara bacana e a Nossa Senhora do Improvável está sempre por perto, eles me presentearam com material para escrever uma história.

Era o último posto antes de chegar a Jaú. Ele já estava fechando, mas depois de 6 latas de coca cola era imprescindível um banheiro. Na saída, a garoa voltava a cair quando ouço uma mãe gritando: Mozárti... Istrausss... Tião... entrem “pra drento” da Van, que vai chover....

Risos, muitos risos, e uma dúvida.... Tião? Qual o motivo de ignorar mais um músico? Aí a luz veio na minha cabeça e percebi que o pequeno Tião deveria ser Bach... imagina a movimentação no túmulo dele ao saber do nascimento do Sebastião Bach... aqui no Brasil...

Obrigado Nossa Senhora do Improvável... te devo mais uma!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Uma nova tentativa

Ando empolgado com a idéia de escrever, os trabalhos não param de pipocar, as férias se aproximam e uma série de incidentes automobilísticos me fazem crer que é a hora de tentar animar isso novamente. Os exemplos no dia-a-dia são várias, porém, com certeza não tenho o mesmo estilo das pessoas cujos textos ando admirando, sequer o português perfeito, porém, com certeza tenho algo que ninguém tem: um poder estrondoso de atrair serviços estranhos, amigos esquisitos e situações estranhas. Vamos só resumir rapidamente para ver o que pode surgir disso:
1- Trabalho original: editora Alto Astral, núcleo estúdios - trabalho com pessoas fora de um padrão considerado normal e convivo diariamente com temas como ponto cruz, crochê, ponto oitinho (ah, aposto que ninguém conhecia esse), vagonite (credo! nome de corrimento), unhas decoradas e outras temáticas de virilidade similar.
2- Trabalho 2: assessoria de imprensa de uma empresa de matriz genética suína. Trabalho com porquinhos... Mais uma chance de boas histórias.
3- Trabalho final: produtor de conteúdo de um site voltado para educação a distância. Bom, quem já trabalhou com professores e crianças sabe que é um terreno pra lá de fértil.
4- Carro comigo: quem já andou de carro comigo sabe o que esperar...

Pronto, assim, aos trancos e barrancos espero recomeçar esse trem. De novo!

sábado, 30 de agosto de 2008

Distante

Procurando um motivo pra escrever. Quando vi passaram 3 meses. Estranho como fico envolvido. Ainda tenho um conto de fadas moderno para colocar, algumas histórias engraçadas. Não que isso possa interessar para alguém, mas sempre fica por aí!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Eu criança

Era uma festa de empresa. Papai e mamãe resolveram levar o monstrinho aqui para a socialização com outras crianças. Sabe como é aquela história: vamos colocá-lo com os normais para ver se aprende alguma coisa. Bom, o fato é que justo naquele dia haveria um mágico (alguém tem que distrair os demoniozinhos enquanto os pais almoçam!). Show programado, pessoas esperando, entra o homem.

Havia pelo menos umas 50 crianças, mas quem o desavisado mago escolheu para ajudá-lo no truque? O retardado aqui!

- Vamos lá menino, fala para mim, escolha um bicho. Qualquer um

- Hummmmmm !!! (enquanto eu pensava, todas as crianças gritavam: coelho, coelho, coelho) Quero um elefante!

- Olha, elefante não dá, que é muito grande. Escolhe um bicho menor.

- Hummmmm! (mais gritos: coelhooooooooo, pede coelhooooo, pede coeeeeeeeelhooooo, berravam as pessoas) Uma pulga então?

As vozes se calaram, o mágico engoliu o pequeno sorriso que ainda esboçava, me olhou com um certo pânico e disse, num tom mais baixo: não querido, esse é muito pequeno, escolhe outro vai!

- Ah, você não faz nada que eu peço. Não quero nada então.

Virei as costas e fui sentar e o mágico, bom, hoje é um excelente dono de loja de eletrônicos!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Escrever é preciso!

Preciso escrever alguma coisa, preciso escrever alguma coisa! Como é terrível o desafio de blogar sempre. Na cabeça passam coisas como histórias infantis, piadas, discussões filosóficas, reclamações sobre meu dia de trabalho, um seriado qualquer de texto, mas nada parece ser o suficiente... Caralho! O dedo percorre letra a letra desse teclado e nada vem... preciso de tempo. Tempo, tempo, tempo.... tic tac tic tac e nada... bom acho que vou deixar para depois... quem sabe vem algo melhor, ou então eu paro com essas comparações mentais ridículas e me dou mais liberdade para escrever!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Homens e pássaros

Houve um tempo em que os pássaros eram grandes amigos do homem. Eles, os pássaros, admiravam tanto aqueles bípedes que sempre estavam por perto. Gostavam de ver o modo como resolviam as coisas, como idolatravam as pedras esculpidas como deuses, como se viravam para caçar mesmo sem asas, enfim, os respeitavam.

A amizade tamanha permitia aos pássaros pousar no ombro dos humanos e cantar a eles suas mais belas melodias. Adoravam ornar os ombros fortes daqueles homens com suas penas.

Porém, um período de fome se abateu sobre a humanidade, e os humanos, como não podiam voar para mudar de território começar a atacar os pássaros, que fugiam de medo. A fome passou, mas o medo dos pássaros não, e assim acabou-se a confiança e admiração que possuíam pelos homens.

Revoltados com o sumiço dos belos amigos emplumados, os homens, cruéis como eram, queriam mais do belo canto e, nutridos de seu mais amargo egoísmo, começaram a caçar e aprisionar todos os pássaros que pudessem encontrar. Dessa forma os pássaros se afastaram mais e mais dos humanos que tanto admiraram no passado.

Os anos, as décadas e as eras passaram e a maldade humana se acentuava cada vez mais, e o medo das aves também.

Porém, em um dia de sol qualquer, Olavo estava sentado sob um céu limpo e azul. Ele estava quieto, e pensava na vida, não na dele, mas na das plantas, das formigas e dos pássaros. Ahhhh, os pássaros! Olavo os admirava mais do que tudo. Achava-os belos, supremos e livres. Para ele, apenas os amigos emplumados eram felizes.

Por ali, ao mesmo tempo, rodava um bem-te-vi, que achou estranho ver um humano parado, sem fazer barulho,sem gritar, ou destruir absolutamente nada. Distraído como estava não percebeu que se aproximava demais do menino e, ao dar por si, estava diante dele.

Aqueles olhos enormes, verdes como o gramado, olhavam direto para o pequenino pássaro, que achava que seria imediatamente morto. Fechou seus olhinhos pretos e tentou se acalmar. Seu coração parecia explodir de tanto medo.

Contudo, Olavo não mexeu sequer um músculo. Respirou fundo e contemplou. Olhava a pequena e assustada ave como o respeito de quem observa um deus. O pássaro abriu um olho, respirou, fez um coco (sabe como é... coisas do medo!), abriu o outro olho, mas não fugiu.

Resolveu se aproximar e um choque percorreu suas penas. Não foi algo ruim, mas muito forte. Pousou sobre o ombro do jovem, que virou-se para observar melhor. Naquele instante algo maior do que qualquer um podia imaginar acontecia. Era uma troca de respeito, de admiração. No encontro de olhares, mais do que um brilho foi visto, era esperança, uma chance de redenção.

Se olharam por mais alguns segundos e seguiram suas vidas. Nenhum dos dois percebeu que naquele instante plantaram a semente de um mundo totalmente novo.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Felicidade

Mas que porra vem a ser felicidade! Dia desses, numa conversa com um amigo especial consegui definir a felicidade como um saco de jujubas. Ela é uma surpresa, que vem quando menos se espera e faz uma criança sorrir. Ela é um doce, que vem envolto num pacote e que não pode ser aberto com pressa ou aflição, pois nesse caso o pacote pode estourar e aí, aí não tem jeito e as balas caem no chão.

Mesmo quando aberto com calma é preciso perceber que as jujubas não são todas da mesma cor, e que dificilmente em um pacote desses todas as balas agradam todo mundo. Eu, por exemplo, prefiro as vermelhas e detesto as azuis. Mas não se pode jogá-las fora. O pacote de jujubas é formado assim, de boas balas e balas ruins tal como o conceito de felicidade e de vida. Alguns fatos são jujubas vermelhas e nos fazem bem, outros são azuis, e mesmo que não gostemos não deixam de ser açucarados.

Mas como achar sempre as jujubas em um mundo onde a prateleira dos doces é apenas uma em meio a tantas outras repletas de salgados, latarias, venenos e porcarias... Talvez o segredo da vida tranqüila seja freqüentar mais vezes a sessão dos doces... sem esquecer que nós, pela nossa vontade própria é que escolhemos em que lugar do mercado vamos comprar mais coisas.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Buscando informações

O trabalho de juntar informações sobre o jornalismo infantil é algo lento, e um tanto quanto complexo, bem pior do que eu imaginava. Além dos contatos mais famosos como a Folhinha, o Estadinho, a revista Gênius, que é uma das mais fáceis pra mim, e a Recreio, o mailing de publicações voltadas especialmente para crianças é muito pequeno.
Fui atrás de gente que pudesse ajudar, como o André Deak e o pessoal da Andi, além, é claro, dos amigos que trabalham nos grandes jornais e editoras. Porém, o trabalho agora é lento, conversar com cada um, encontrar idéias, sugestões e, aos poucos, montar um perfil interessante sobre as publicações infantis no Brasil!
Continuo tocando a barca!

terça-feira, 29 de abril de 2008

Jornalismo Infantil

Como se escreve para as crianças? O que pensam os jornalistas que escrevem para os pequenos? O jornalismo infantil é realizado de maneira correta? Qual é a melhor maneira de se escrever pra crianças? Pedagogas e psicólogas devem ajudar? O que deve receber mais valor, a forma ou o conteúdo?A linguagem web deve ser aceita? É ético falar para a criança pedir ao pai para comprar alguma coisa?

Para tentar responder essas e outras perguntas, esse Zé, que aqui vos fala vai começar a fazer uma série de postagens sobre o jornalismo infantil, onde é encontrado, onde é bem aplicado, quais os bons exemplos da mídia e que caminhos devemos seguir.

Não pretendo avaliar nada nem ninguém, mas sim conhecer melhor esse nicho de jornalismo que ganha mais destaque na mídia a cada dia.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Ter fé

Eu desisti. Tentei de todas as maneiras transformar esse blog em algo engraçado, e interessante para as pessoas, mas, infelizmente ele virou um amontoado de pensamentos desconexos, de filosofias baratas e fé sentimentos de uma pessoa perdida.

Perguntaram a mim, esses dias, sobre ter fé. No que eu acredito, no que confio, como confio. Fazia tempo que não pensava nisso. Comecei católico, virei espírita e, quando entrei na faculdade, me distanciei das igrejas, centros e todos os templos.

Depois de algum tempo percebi que ter fé não significa, necessariamente, depender de uma religião, de uma idéia, de um Deus, mas sim de uma necessidade de acreditar em algo superior. Assim, com essa linha de raciocínio, descobri que tenho fé em algo sim, na amizade, seja ela de perto, de longe, forte ou fraca.

Qual o sentido de se apegar a um deus longínquo, se os princípios básicos de cada religião pode ser aplicado a nossos amigos. Ser amigo é aceitar as diferenças, ajudar sem querer nada em troca, gostar sem ter motivo, tratar como irmão um próximo que não é de sua família, é um querer bem, é uma preocupação, enfim, exercitar a amizade é a melhor maneira que conheço de demonstrar minha religiosidade e minha fé. Uma fé forte, que acredita que o carinho dos outros é a solução para qualquer tipo de problema.

domingo, 27 de abril de 2008

Mais um pouco de blá blá blá

Mudanças de objetivos requerem uma escolha, e eu entro, agora, em uma grande dúvida sobre servir e ser servido. Até onde a profissão de jornalista é uma profissão servidora? Até onde podemos avaliar nossos objetivos e sermos fiéis ao nosso público. O mundo precisa de servos, porém caminha na contra mão dessa necessidade e cria, a cada dia, mais e mais patrões. Saímos da maternidade desejando ser crianças pró-ativas. Os pais começam a se preocupar se seus filhos não assumem cargos de liderança logo que entram na creche. Entramos no ensino médio sem receio de sermos Nerds, pois a categoria de estudiosos ganhou respeito no mercado. O medo agora é ser pobre, é não ser líder, é não ter as qualidades exigidas pelo mercado de trabalho cada vez mais cruel e exigente, mesmo que não use isso para nada. Em resumo, como adequar uma alma humana que busca conforto e felicidade em um ambiente voraz e destruidor das corporações que quer cada vez mais robôs de carne e osso.

Perguntas

O que a educação nacional pode oferecer aos estudantes? E à sociedade? Qual a diferença e a validade que tem um curso de educação a distância. Um ensino realizado sem a presença de um professor pode satisfazer os alunos. Que perfis psicológicos se adaptariam mais a essa realidade e quais perfis sentiriam falta. Pessoas extremamente visuais ou auditivas conseguiriam absorver as informações com muito mais praticidade, porém as sinestésicas passariam por grande penar. Comprar a funcionalidade dos participantes de outros cursos e do perfil psicológico dos professores ou estudantes de letras. Porque os professores do ensino fundamental e médio parecem ter um interesse menor por seus alunos do que a grande maioria dos professores universitários. Porque eles dão tanto trabalhos nos cursos e aos governos.

Um presente a uma pessoa especial!

Você é capaz de imaginar a diferença que um ser humano pode fazer na vida de outro? E na história? Será que um único ser é capaz de sozinho, como um coadjuvante, mudar o curso de um destino?

Eu acho que sim! Imagine como a história poderia ter sido diferente se Hitler tivesse ao seu lado um amor que o fizesse esquecer da política. Se um professor de piano houvesse espancado Beethoven, lhe acusando de péssimo músico após ouvir seus primeiros acordes.

Pois é, muitas vezes uma pessoa adquire um significado qualquer na vida da humanidade e acaba nem se dando conta disso. É uma missão, um karma, o destino, sorte, maktub chamem do que quiser. Não dá para nomear, é um fato, essa pessoa tem que existir e estar lá, fazer a diferença, mudar vidas, mudar destinos, criar oportunidades, ser uma oportunidade.

Acho que é assim que a enxergo: um anjo, entidade, personalidade divina, mão do destino, milagre, santa, gente, pessoa especial, uma magia, um não sei o que brilhante capaz de alterar destinos e mudar a vida das pessoas em geral. Não apenas por mim, mas pelas mágicas que consigo ver acontecer ao seu redor, pelo poder de transformação que proporciona e pela felicidade que é capaz de trazer com apenas um sorriso, ou uma piada.

Que a entidade superior que lhe criou, que os acasos que juntaram a carga genética responsável pela sua formação e que a sorte que protege os seres humanos se juntem e não permitam que você mude, titubeie ou sofra com o tempo. Afinal, pessoas assim, com esses poderes, não foram criadas para estar entre os humanos, mas sim para serem exaltados como deuses.

terça-feira, 22 de abril de 2008

O que te motiva

O que te motiva a levantar todos os dias?Qual a felicidade que seu trabalho é capaz de trazer para você? Você é realmente feliz no que faz? Você sente prazer quando realiza as suas atividades diárias? Em algum instante o seu pensamento já voou longe o bastante para pensar como seria seu sentimento caso morresse logo após sair do serviço? Será que na sua cabeça passaria qual frase: Nossa, que grande monte de bosta! Eu desperdicei meu dia aqui hoje, trabalhando como um camelo para juntar alguma grana. Agora estou morto... É de foder uma situação dessas! Como assim será que existe uma justiça divina?

Ou você é um dos sortudos que conseguiria pensar assim: Bom, estou morrendo, mas pelo menos parto feliz... deu tempo de terminar tudo que eu estava fazendo e estava muito contente trabalhando.

Quantas pessoas podem se dar o luxo de dizer que fazem o que gostam?Qual é o objetivo de cada um? O que te aproxima ou afasta de seus objetivos.?Muitas vezes não reparamos que tomamos decisões que podem parecer as mais acertadas para o momento, mas que, porém, nos levam para cada vez mais longe de nossos sonhos. Quantos de nós não sonhávamos em ser escritores e nos tornamos policiais. Gostaríamos de ser jornalistas e somos açougueiros e assim por diante. Por quê? Em que momento nosso caminho nos levou para longe do nosso sentimento? A resposta está mais perto e mais clara do que imaginamos: mudamos de caminho no exato momento em que nosso objetivo passa a ser mais o dinheiro do que a nossa felicidade... mudamos de caminho a partir do momento em que acreditamos que o dinheiro pode comprar a felicidade e que com ele poderemos alcançar os nossos sonhos. É um erro dos mais medíocres, afinal, apenas realizando os nossos sonhos que seremos capazes de fazer dinheiro.

sábado, 5 de abril de 2008

Cenas de uma mudança

Mais uma vez vou mudar de casa e, novamente, passo por uma daquelas situações que parecem só acontecer comigo. Já era mais de 9 horas e juntamos três amigos para conhecer a casa. Chegamos lá e a luz estava cortada. A solução foi usar a lanterna do celular. Assim, na penumbra, fomos vasculhando quarto a quarto. A casa parecia interessante, grande, espaçosa, não tão velha. Porém, ao chegar na suíte, que já possuia armários, resolvemos abrir uma das portas para ver como era por dentro. Puta que o pariu, qual não foi a surpresa de achar um crânio dentro do armário, um desses de cerâmica, usado por dentistas. Que tipo de pessoa se muda e larga um crânio na casa... é um absurdo... Olha, só não caguei porque não tinha bosta pronta. Fica de lição... quando for mudar tire todo tipo de restos humanos, ossadas e pedaços de carne que possam existir por lá!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Tutti Famiglia

Quem convive comigo há tempos sabe que apego familiar nunca foi meu forte, ou que minhas lembranças da infância sempre foram relativas às brigas, aos comportamentos fora do comum da minha família e da minha pessoa. Porém, hoje coisas, pessoas conversas e uma caminhada de 17 minutos me fizeram ver como tentei deixar marcado uma imagem ignorando dezenas de outras.

É impressionante como tentei ver minha vida pelo lado irônico dos problemas ao invés de lembrar das coisas boas, que não foram poucas. Como esquecer dos biscoitos amanteigados da minha mãe, da carne de panela ou das sopas deliciosas, e isso apenas para começar.

Como deixar de falar das vezes que a ouvi falando dos seus alunos, das aulas que preparava e da constante busca por aperfeiçoamento. Como não lembrar que mesmo a mais severa das broncas tinha por trás a intenção de forjar um homem, não um maricas. Como não pensar que 90% da minha personalidade e do meu amor pela vida e pelo desconhecido veio dessa mulher de riso fácil e gênio forte.

E meu pai, como pude ver tantos defeitos por tanto tempo. É uma pessoa que deveria ser digna de orgulho. Como não lembrar dos aviões de madeira que me fazia, ou das vezes que brincava comigo. Das piadas constantes, do bom humor excessivo, da vontade de trabalhar e da competência de fazer as coisas. Alguém que depois de um baque correu atrás de algo em que acreditava, e depois, já velho, com o fim de tudo, conseguiu recomeçar, do nada, com algo totalmente diferente e ainda assim caminhar.

Meus irmãos, todos eles, que sempre julguei como cretinos. Crianças portadoras do gene da briga são pessoas excelentes. Um é o exemplo da bondade, a outra é a coragem em pessoa, e a mais nova é um diamante bruto, potencial de sobra num pequeno espaço.

E sobram outras coisas, os omeletes deliciosos da vovó, os períodos de trabalho na oficina com meu avô, os brinquedos de madeira, o despreendimento das minhas tias em abdicar da qualidade de vida delas para ajudar meu pai, tudo... são pessoas boas, exímias e me orgulho cada vez mais de ser parte integrante desse mundo, e ter um pouco de cada um deles dentro de mim.

Vez ou outra eu vou colocar mais momentos bons aqui, bons de verdade... não as histórias de loucura, mas as de vida, os bons momentos, as lições.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Contos modernos - a plebéia que virou nobre

Contos modernos – a plebeia que virou rainha

Era uma vez uma plebéia maravilhosa. Sua beleza era tamanha que o sol se atrasava no seu percurso rumo ao centro do céu, apenas para ficar alguns instantes vendo a moça se levantar.

Além de possuir um rosto branco e lindo como a lua, os cabelos vermelhos caídos no ombro deixavam a camponesa com uma aura mágica, mística. Seu corpo ainda era mias belo que seu rosto. Coxas firmes, seios fartos, chamava a atenção por onde passava.

Porém, essa camponesa era ambiciosa, sonhava se tornar uma nobre, objetivo que seus pais diziam ser impossível de alcançar, visto que ela descendia do povo e jamais sairia desse meio.

Mas um dia sua sorte pareceu mudar, mudou-se para a cidade um famoso bardo, conhecido pelas músicas que tocava em todos os reinos. Esse bardo era especialista em músicas de humor e luxuria, e com elas tinha conquistado a admiração de reis e rainha.

Quando chegou em sua mansão resolveu contratar uma governanta. Quem foi parar em sua casa? Sim, a bela camponesa. Com seu olhar mágico e seu corpo eletrizante, em pouco tempo a moça mexeu com a cabeça do nobre bardo.

Sem conseguir resistir aos feitiços da moça, uma bela tarde resolveu declarar seu amor, dizendo que só permitiria que ela ficasse na casa se fosse como sua esposa. Ofendida a moça gritou, saiu aos prantos da mansão, contratou um advogado de renome, processou o bardo por assédio, ganhou uma grana violenta e foi chamada para depor em diversos programas da TV medieval. Algum tempo depois ganhou seu próprio programa e hoje vive rica e feliz entre os nobres da mídia.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Contos modernos de fadas: o príncipe feio

Conto de fadas moderno 1

Era uma vez um príncipe de um reino secreto do nordeste do Brasil. Ele era muito, muito feio! E nenhuma princesa do reino queria casar com ele. O tempo passava, e o príncipe feio crescia.

Com o voar dos anos, contudo, sua aparência só piorava. Vinham as espinhas, a adolescência trouxe a desproporção dos membros e uma voz ainda pior do que sua taquara rachada anterior.

O medo de encontrar o público fez com que ficasse em casa. Entregava-se a leituras, idéias estranhas e escritas, que nunca mostrava a ninguém! Por mais que seus pais tentassem nada tirava o jovem de casa. As mais belas pretendentes eram levadas a ele, mas nada...

Porém, um dia ocorreu um baile no reino vizinho e o príncipe foi convidado. Chegando na festa, uma surpresa... Uma das mais desagradáveis. As pessoas se assustaram com ele, e ele ficou isolado.

Isolou-se tanto, e suas idéias ficaram tão piradas que resolveu reunir todas elas em um livro. Ficou rico, ganhou dinheiro e hoje mora com três ruivas deliciosas numa mansão na Europa. E viveu milionário para sempre.

terça-feira, 25 de março de 2008

Crise

Eu acho que sou bipolar. Sim, eu sou bipolar... Um belo dia decido escrever. Junto todas as forças de jornalista e digito meia dúzia de textos. Eles servem pra começar. Acho que alguns até ficam realmente interessantes. Porém, basta uma semana e a inspiração some. A auto-crítica se acirra e tudo que escrevo vejo como lixo. Mais dois dias e as relações com os outros seres humanos fica estremecida. A carência aumenta. Sinto-me incompetente, incapaz. Erro. Erro muito... As criticas rotineiras soam-me ferozes e ácidas. O humor deplorável dura por volta de três dias e depois a alegria volta novamente. Enche as veias e artérias, circula com o sangue até a próxima crise.
Só que hoje foi diferente. A sensação de perda nunca foi tão grande. O medo de um erro tomou conta de toda a lógica que talvez existisse na minha cabeça. A dor se espalhou pelo corpo, uma dor estranha. Um gosto amargo na boca, ou melhor, azedo. Uma pressão interna estranha, tremedeira a nuca pesava, precisava falar, gritar fazer algo... Saí pela cidade de bicicleta. A lua estava linda e silêncio foi um grande calmante... conforme andava a força das pedaladas diminuía a tristeza. Foi uma batalha interna como nunca tive antes... mas acho que consegui, pela primeira vez me controlar! Sucesso!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Viagem desastrada

É impressionante o dom que os Zé possuem de se meter em frias. A minha última viagem mostrou isso. Nunca gostei dos ônibus, mas sou obrigado a conviver com eles o tempo todo. Mais uma vez está sentado ao lado de uma pessoa cujas proporções não são compatíveis com o espaço existente no banco, assim eu estava espremido, tentando dormir, quando ouço um estouro. Foi-se um pneu. O motorista, insistente, resolveu dirigir assim até a cidade mais próxima. Um vilarejo. Não tinha um centavo no bolso e nada de almoço. Com as moedas que tinha comprei algumas bananas. Pensam que terminou? Não. Volta para casa, domingo de noite, mesma empresa, chegando em Ribeirão Preto para a troca de ônibus, o que acontece? Ele bate. O imbecil do motorista foi incapaz de frear. Mais algum atraso, e uma deliciosa viagem ao lado da porta do banheiro que estava entupido. Um cheiro quase tão agradável quanto as portadas que tomei durante toda viagem.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Zé pequeno!

Melhor do que ser um Zé nessa vida é ser um Zezinho, um minizé. É interessante perceber o quanto a maturidade, a experiência e os medos nos podam em todos os sentidos. Hoje, como Zé adulto que sou passo por muitas dúvidas e provas que não estou acostumado. Tem coisas que eu deveria fazer, mas não sei se posso, e acabado não fazendo. Tem coisas que eu sei que não deveria fazer, mas faço mesmo assim, sabendo que vou me dar mal depois. Coisas que eu faço, mas que depois eu acho que não deveria ter feito. Ainda tem o grupo das coisas que eu não faço a menor idéia de como fazer. Complexo não? Sim, para nós adultos sim. Porém, para um Zezinho nada é mais fácil. Tudo que faz bem é certo, portanto é feito. Tudo que dói ou entristece é errado, logo, esquecido. O que eu quiser eu faço, não existe o faria. Para uma criança nova, sem visão de mundo, não há medo, nem frustração e, portanto, não há limites...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

E para as putas? Os filhos delas já estão no poder!

A prostituição é um assunto que nunca sai de moda. A polêmica sobre a legalização do serviço sempre emerge e volta a tramitar no senado. Nas ruas, as pessoas discutem o impacto que tal medida provocaria na moral e nos costumes da sociedade.
Os mais politizados já começam a pensar em como será organizada a profissão: as questões sindicais ou a fiscalização, imprescindível para evitar o trabalho infantil. Os mais religiosos discutem a imoralidade da sociedade e como “este mundo está perdido”.
Eu prefiro me ater aos fatos e pensar friamente sobre o assunto.Dizer que está é uma das profissões mais antigas do mundo já seria um atenuante. E porque não compará-las a outros setores da sociedade? As prostitutas, bem como os camelôs são trabalhadores autônomos, sem leis específicas e sem benefícios. Qual a diferença entre eles? Porque não tratamentos iguais? Porque excluir as prostitutas que vendem seus genitais e não os pedreiros, que vendem seus músculos, os digitadores, que vendem seus dedos ou mesmo um jornalista, que vende suas idéias?
Segundo Fernando Gabeira, deputado federal e responsável pela elaboração do projeto que propõe a liberação da profissão, as principais barreiras para aceitação do projeto são o paternalismo e o romantismo. O primeiro, que enxerga as prostitutas apenas como vítimas e o segundo que acredita que o sexo deve ser feito apenas por amor.
Outro atravanco é a hipocrisia que permeia toda a sociedade brasileira. Países europeus como a Holanda e a Alemanha já legalizaram o serviço, e com isso conseguiram bons resultados tanto na proteção das garotas de programa quanto na melhoria da qualidade dos serviços.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Sobre palhaços e príncipes!

Sempre procurei o valor dos príncipes nos contos de fadas. É fácil ser um deles. Já nascem com o dom da beleza, ganham armaduras mágicas, espadas milagrosas e companheiros imbatíveis. Com seu charme inebriante conquistam a todos que encontra no caminho, e na posse de seu alazão estão prontos para destruir qualquer inimigo. Onde está o valor nisso? Tudo o prepara para a vitória.
Durante anos invejei os bobos da corte, que agem sozinhos, arrancam risos no clima de tensão, enfrentam os monstros do preconceito e do desdém, e tudo isso sem uma armadura ou um cavalo alado! É fácil matar monstros com espadas. É muito fácil conquistar o respeito com suas armaduras polidas e brilhantes.
Mas eu gostaria muito de ver um príncipe enfrentar o mal supremo num monociclo, fazendo malabares e calçando um sapato seis números maior que o seu! Gostaria muito de ver um príncipe ter a força de um palhaço ao encarar seu público usando roupas ridículas e maquiagem extravagante.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Seres mitológicos

Ouvi um comentário engraçado que merece ser postado aqui para que seja admirado pelos estudiosos do futuro. A criação do termo é da Ianara, editora da empresa onde trabalho. A descoberta merece destaque, afinal, quem nunca sofreu nas mãos desses diabretes.
Sabemos que existem infinidades de seres mitológicos de todas as origens, significados e com as mais diferentes funções. Temos das fadas, conhecidas pelo senso de proteção, os Duendes, que pregam peças, os Faunos guerreiros e mentirosos, Ninfas belíssimas, os trabalhadores Anões, que vivem nas profundezas da Terra ou os belos Elfos, que protegem e vivem na natureza.
O que poucos conhecem são os Fudelfos, seres mágicos que vivem no interior dos computadores e tem como único objetivo foder a nossa vida. São eles que fazem peças boas pararem de funcionar do nada, para logo em seguida voltarem a pegar. São eles que desaparecem com arquivos, mudam nomes e extensões, mudam cores, trocam letras de lugar e, com certeza, são os responsáveis pelo travamento dos computadores.

O MENINO QUE NÃO TINHA DONS

Mais um conto de crianças!

Fábio não tinha dons. Pelo menos era o que ele dizia. A Bia sabia pintar, fazia desenhos pra todo mundo, eram lindos os desenhos dela. Ele adorava os desenhos dela, estava sempre perto, elogiando e dando idéias. Marcos tocava. Estava no conservatório desde cedo, era perfeito no piano, sabia ótimas melodias. Ele adorava ouvir as musicas do amigo, que sempre pedia sua opinião para tudo. Juliana era nadadora. Vencia campeonatos e mais campeonatos. Fábio era um torcedor fiel, não nadava nada bem, mas ia a todas as competições da colega. Gabriela era atriz, além de ser linda era perfeita nos palcos. Sabia emocionar as pessoas como ninguém. Fábio era seu fã numero um. Jamais perdia uma peça em que ela fosse aparecer. O problema é que Fábio não sabia fazer nada disso. Não escrevia, não desenhava, não cantava... Nada... Isso começou a fazer com que ele ficasse triste, tristeeeee, tão triste que ele acabou ficando doente. Um dia quando acordou viu muita gente no seu quarto, viu Bia, Juliana, Marcos e Gabriela e foi aí que percebeu qual era seu dom. O dom de fazer amigos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Como ser um jornalista!

Para ser jornalista precisa fazer assim:

- pegue um assunto que você já viu por cima;
- converse com dois caras que você conheça que entendam um pouco, pouco mesmo, do assunto;
- entre no google ou na wikipédia e dê mais uma olhadinha no tema;
- comece a falar disso como se fosse o maior entendido no assunto;
- exponha todas as suas idéias com a convicção de quem nunca cometeu um erro;
- fale mal do governo
- reclame da vida
- admita para você mesmo que você sabe tudo do mundo;
- não há uma informação que você não saiba;
- você sempre leu alguma coisa de todos os autores ou jornalistas do mundo, mesmo que ele tenha lançado apenas uma versão escrita em sânscrito (afinal, você aprendeu sânscrito em uma de suas viagens);
- beba todos os dias;
- compre roupas novas para seu ego, afinal ele gosta de se vestir bem;
- compre roupas novas para você, afinal, ninguém (nem mesmo seu ego) pode ser melhor que você;

Pronto é só pegar o diploma (enquanto ele ainda é necessário)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Coisas de Criança

Gosto da vida das crianças, das coisas que elas fazem, do jeito que resolvem problemas, que encaram as dificuldades e que tratam as pessoas. Até uma certa idade os vícios, medos e traços da nossa cultura não subverteram os pensamentos infantis, para ela nada é sujo, proibido ou impróprio, o mundo se descortina a cada instante. Vai ser comum postar aqui algumas histórias, casos ou matérias que me impressionem relativas a esse tema. Hoje segue um contozinho:

HISTóRIA do GramoFONE

Meu bisavô tinha um gramofone. Sabe o que é? Não? É uma daquelas vitrolas antigas, pra se ouvir uns discos velhos, bem antigos. Pois é, na garagem da casa da minha avó tinha o gramofone do meu bisavô. Eu adorava brincar com ele. Achava que ele era mágico. O disco que tinha lá tocava uma música gostosa, dessas bonitas de filme de aventura, mas o som era antigo como o do aparelho, com chiados e risquinhos. Toda a vez que eu ouvia a música eu fechava o olho, e eu viajava.
Minha avó fala que não, que eu ficava lá, por horas sentado ouvindo músicas. Mas eu tenho certeza que eu viajava. Ia para florestas, salvava donzelas, enfrentavas as feras mais terríveis, eu podia voar, pendurar nas árvores e fazer o quê eu quisesse.
Uma vez viajando eu era rei, já tinha uns 10 anos eu acho. Estava lá, de olhos fechados reinando no meu reino. Estava indo para uma cruzada, em busca de tesouros e de mais povos pra aumentar meu reino. Parei pra enfrentar uns bandidos que estavam torturando uma linda mulher. Eles venceram e amarraram todos os meus homens e quando iam me segurar dei um pulo gigante, mais alto do que uma árvore. Enganei os dois vilões e derrubei os dois. Quando ia salvar a princesa a música parou e eu voltei.
Quem tinha desligado? Que droga eu ia falar. Olhei pro lado e vi que minha mãe tinha derrubado o aparelho... Eu não tinha mais como viajar. Chorei por uns três dias, achei que jamais ia ser rei de novo!!!!!!!
Fui crescendo... e crescendo e quando já tava bem velho com uns 15 anos parei em uma loja de músicas... vi um Cd, desses novos com musicas antigas.... pedi pra ouvir com fone de ouvido... fechei os olhos e...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ser um Zé

José é um nome simples. É impossível ouvi-lo sem pensar diretamente no grande José. O primeiro, o carpinteiro, ao pai carnal do “Homi”, e logo de cara trouxe toda a sina de cagadas que esse nome carrega. Assumiu o moleque sem comer a esposa.

José é diretamente ligado ao Zé, pejorativo, pobre e humilde. Um Zé nunca será doutor ou gênio, será no máximo um “fessor”. E agora José? – A grande frase que inicia o poema mais famoso da vida cagada de todos os Zés.

Quer saber, foda-se... ser um Zé é mais do que sofrer o peso do nome, do que ser peba, do que ser gente... um Zé é um título, quase como ser um Augusto. Quantos Humbertos, Maurícios, Diegos ou Carlos se tornaram Zés? Zé Mané, Zé ruelas. Zé da Esquina, Zé da Banca.

Ser um Zé é ser um complemento, é acompanhar alguém, um fato, uma vida... e justamente acompanhando os fatos da vida de um Zé que esse blog começa.

Ser Zé é lindo... agora Zé Tadeu, aí fo...