quinta-feira, 13 de março de 2008

Viagem desastrada

É impressionante o dom que os Zé possuem de se meter em frias. A minha última viagem mostrou isso. Nunca gostei dos ônibus, mas sou obrigado a conviver com eles o tempo todo. Mais uma vez está sentado ao lado de uma pessoa cujas proporções não são compatíveis com o espaço existente no banco, assim eu estava espremido, tentando dormir, quando ouço um estouro. Foi-se um pneu. O motorista, insistente, resolveu dirigir assim até a cidade mais próxima. Um vilarejo. Não tinha um centavo no bolso e nada de almoço. Com as moedas que tinha comprei algumas bananas. Pensam que terminou? Não. Volta para casa, domingo de noite, mesma empresa, chegando em Ribeirão Preto para a troca de ônibus, o que acontece? Ele bate. O imbecil do motorista foi incapaz de frear. Mais algum atraso, e uma deliciosa viagem ao lado da porta do banheiro que estava entupido. Um cheiro quase tão agradável quanto as portadas que tomei durante toda viagem.

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