segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

E para as putas? Os filhos delas já estão no poder!

A prostituição é um assunto que nunca sai de moda. A polêmica sobre a legalização do serviço sempre emerge e volta a tramitar no senado. Nas ruas, as pessoas discutem o impacto que tal medida provocaria na moral e nos costumes da sociedade.
Os mais politizados já começam a pensar em como será organizada a profissão: as questões sindicais ou a fiscalização, imprescindível para evitar o trabalho infantil. Os mais religiosos discutem a imoralidade da sociedade e como “este mundo está perdido”.
Eu prefiro me ater aos fatos e pensar friamente sobre o assunto.Dizer que está é uma das profissões mais antigas do mundo já seria um atenuante. E porque não compará-las a outros setores da sociedade? As prostitutas, bem como os camelôs são trabalhadores autônomos, sem leis específicas e sem benefícios. Qual a diferença entre eles? Porque não tratamentos iguais? Porque excluir as prostitutas que vendem seus genitais e não os pedreiros, que vendem seus músculos, os digitadores, que vendem seus dedos ou mesmo um jornalista, que vende suas idéias?
Segundo Fernando Gabeira, deputado federal e responsável pela elaboração do projeto que propõe a liberação da profissão, as principais barreiras para aceitação do projeto são o paternalismo e o romantismo. O primeiro, que enxerga as prostitutas apenas como vítimas e o segundo que acredita que o sexo deve ser feito apenas por amor.
Outro atravanco é a hipocrisia que permeia toda a sociedade brasileira. Países europeus como a Holanda e a Alemanha já legalizaram o serviço, e com isso conseguiram bons resultados tanto na proteção das garotas de programa quanto na melhoria da qualidade dos serviços.

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